TLVT e Oeste defendem importância da Lusolândia | Publituris

TLVT e Oeste defendem importância da Lusolândia | Publituris


Informação Adicional Seria Excelente Para Todos
A ideia da Lusolândia tem cerca de trinta anos. Pelas mais diversas razões, não chegou à fase de Projecto.
Qualquer um de nós só pode desejar felicidade aos promotores, que se propõem elaborar e concretizar um Projecto, certamente adaptado às exigências do mercado do futuro.
Na qualidade curioso que tem acompanhado as notícias sobre a ideia da Lusolândia, o comunicado das duas Entidades Regionais de Turismo não é tranquilizador ao
·          não apresentar o promotor, nem fazer qualquer referência a Estudo de Mercado e Modelo de Financiamento – foi sempre por aqui que a ideia não se concretizou,
·          mencionar que «O projecto visa juntar num só parque temático a componente do turismo e dos Descobrimentos, além de um “muito significativo investimento em alojamento turístico”».
Sobre este último ponto, a informação adicional é ainda mais importante para a credibilidade do Projecto, pois ficamos em saber um dado fundamental
·          o financiamento assenta ou não na mais valia privada da promoção imobiliária de alojamento turístico?
Perguntar não ofende, sobretudo se quem pergunta é um apoiante de um Parque como a Lusolândia.

Albufeira 30 de Março de 2012
Sérgio Palma Brito

Privatização da TAP – Pilotos Têm Direito a 20% do Capital?

Tem havido alarido público sobre o facto do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil reclamar até 20% do capital da companhia aérea, com base num «acordo de 1999».

A questão é relevante pelo privilégio em si e, sobretudo, por o único potencial comprador da TAP descartar partilhar o capital da empresa – neste cenário, o Estado teria de “compensar” os pilotos, segundo a teoria do Direito Adquirido.

Primeira questão: até hoje, o texto do “acordo de 1999” não foi tornado público, o que se estranha, tanto mais que não é mencionado no Relatório e Contas da TAP, do ano de 1999 – o Governo divulga ou não o Acordo?

Segunda questão: em 1999, está em vigor o Decreto-Lei de 1998, que prevê uma OPV “no mercado nacional reservada a trabalhadores da TAP” de “acções da TAP, SGPS, representativas de uma percentagem não superior a 10% do respectivo capital social” – como pode um «acordo de 1999» violar o disposto em Decreto-Lei?

Terceira questão: em 2000, na alteração do processo de reprivatização do que passa a ser a TAP SGPS, um novo Decreto-Lei admite que os trabalhadores podem participar no capital “em contrapartida de créditos resultantes de ganhos de produtividade efectivamente obtidos e atribuíveis à sua prestação de trabalho”, créditos a ser “fixados no quadro da negociação laboral” – esta disposição legal foi aplicada e estes créditos contabilizados?

Quarta questão: o Decreto-Lei de 2000, no Artigo 16º sobre Direitos dos Trabalhadores, dispõe “Os acordos de empresa em vigor na TAP SA, à data da cisão manterão a sua vigência etc.” – é com base nesta disposição legal que se pretende dar base ao «acordo de empresa» de 1999, que viola o Decreto-Lei de 1998?

Quinta questão: as disposições destes Decretos-Lei estão obsoletas e a Privatização da TAP SGPS (ou só TAP SA?) é ou não regulada por um Decreto-Lei elaborado em base zero?

Sexta questão: o SPAC rege-se por regras próprias e pode decidir que “o segredo é a alma do negócio”, mas o Governo tem a obrigação de informar os portugueses – quando o faz?

Será que num País de “rendas e rendeiros”, temos um mini micro rendeiro em cada piloto da TAP?

A Bem da Nação

Albufeira 27 de Março de 2012

Sérgio Palma Brito    

86% dos turistas não soube da existência do ‘Allgarve’ | Publituris

86% dos turistas não soube da existência do ‘Allgarve’ | Publituris


A Entidade Regional de Turismo acaba de divulgar o Estudo de Avaliação do Programa Allgarve’11.

Registe-se a divulgação do Estudo na Internet, prática que devia ser seguida com TODOS os estudos financiados com dinheiros públicos (com as explicitadas excepções de segurança nacional e similares, mas NÃO DE FAZER CAIXINHA, para o pagode ficar na ignorância). Parabéns à ERTA.

Há um aspecto em que os Objectivos Gerais do Estudo “estão alinhados” (como agora se diz) com as más práticas no Turismo, e não só.

Com efeito, a mãe de todas as avaliações começa por sabermos:

·          Fins a realizar pelo Programa ALLGARVE,11

·          Objectivos a atingir com o Programa e com cada um dos Eventos

·          Orçamento do Programa e Custo Real.

·          Para cada Evento, saber Custo/Receita/Participantes orçamentados e realizados.

É em função destes aspectos concretos que a avaliação que agora nos é presente pode ser avaliada.

Talvez a Troika venha a impor esta boa prática.

Sobre o conteúdo do Estudo, poderá haver um post. Sem saber o custo, a avaliação é algo platónica.

Albufeira 25 de Março de 2012

Sérgio Palma Brito

O Algarve às Sextas (2012.03.23)
Algarve – Alojamento Classificado, Marca e Marketing

a)Antes e Depois da Crise de 2008/2009



Þ     Antes da Crise de 2008/2009

A partir de meados/final da década de 1990, o Alojamento Turístico Classificado do Algarve tem dificuldade em se adaptar a

·          formação da Procura: do market of one à experience society, dos baby boomers às Gerações X e Y,

·          inovação em Marketing profissional, perante o diminuição do holiday package e a ascensão do indepent traveller,

·          dupla concorrência entre modelos de negócio das Estadias Temporárias e de Operação do Transporte Aéreo: holiday package e voo charter versus independent traveller e companhias aéreas de baixo custo.

Quando chega a Crise de 2008/2009, a oferta do Alojamento Turístico Classificado já vive uma “crise”. Entre 2001 e 2010, a capacidade aumenta 10%, mas as dormidas ingleses e alemães diminuem de 31% e 50%.   



Þ     Depois da Crise de 2008/2009: Novo Período na História do Viajar

A Crise de 2008/2009 não é “mais uma crise”, seguida pela “retoma do ciclo”. Sem entrar em detalhes, é o início de um novo período da História do Viajar. Os dois períodos anteriores são marcados por nova tecnologia de transporte (comboio e avião) e ciclo de prosperidade económica e social.

Este Novo Período é diferente. A velocidade do avião e automóvel mantém a macro geografia da Procura:

·          a maior parte da Procura forma-se na Europa Ocidental (um subcontinente de crescimento económico reduzido e demografia problemática), à distância dos voos de curto e médio alcance, e na Península Ibérica, à distância do automóvel,

·          pequena parte, vem de subcontinentes prósperos: algum Golfe  e a sempre limitada Meet Industry, com Faro não ligado a Hubs europeus.

No Alojamento Classificado do Algarve, este Novo Período comporta, ainda, duas alterações profundas na origem e formação da Procura:

·          na origem da Procura, o Desejo por Viajar é limitado por menor propensão pela viagem e mais escrutínio na escolha do Destino – este tem de ser mais proactivo no momento da formação do Desejo,

·          na formação da Procura, pela via de menos Rendimento Disponível e Tempo Livre com mais incerteza – a Oferta tem de ser mais competitiva na adaptação, na diferenciação, no preço e na venda.



Þ     Consequências

Na macro geografia da Procura, parece normal que o Alojamento Classificado do Algarve se promova e venda em mercados tradicionais (Reino Unido, Holanda, Irlanda e, agora, Espanha) e estruture intervenção de fundo, em mercados de importância relevante e futuro promissor: Alemanha e Polónia. A adaptação do Produto é tema a abordar no futuro.

Quanto à origem e formação da Procura, a Iniciativa Privada e Politica de Turismo (a ordem não é arbitrária) têm de passar a ter intervenção concertada e inovadora

·          na origem do Desejo por viajar, pela Valorização da Imagem de Marca do Algarve como Destino Turístico,

·          na formação da Procura, por um Marketing Mix mais profissional – ao Preço de mercado, adequados instrumentos de Promoção apoiam a venda do Produto pela Distribuição.

Ao nível dos conceitos, de importância ainda negada mas fundamental, a Promoção Turística tradicional dá lugar ao Destination Branding e ao Marketing da Oferta (no texto, modelos de Simon Anholt e Philip Kotler).

A facilidade de análise obriga a separar a “origem do Desejo” (ligada à Valorização da Marca Algarve como Destino Turístico) da “venda da Oferta, com recurso ao Marketing Mix”. Na vida real, estão interligados.



b)Valorização da Marca Algarve Como Destino Turístico



Þ     Marca Portugal como Destino Turístico e Marcas Regionais

No caso da Marca Portugal como Destino Turístico, é possível um Destination Branding, segundo modelo inspirado (e não simplesmente transferido) no que se utiliza para Produtos e Serviços. O “inspirado” resulta de lidarmos com a atracção de turistas, por acção de instituição pública.

Há duas actividades que se influenciam mutuamente:

·          a Valorização da Marca Portugal como Destino Turístico,

·          sob a sua umbrela, Valorização da Marca Algarve, como Destino Turístico, porque a Oferta o justifica e o Mercado o exige.

Dada a confusão reinante, é imprescindível que, em concertação com a Iniciativa Privada, o Turismo de Portugal obtenha conselho profissional, por entidade com provas dadas a nível internacional e não ligada à “feitura e venda de marcas” (por evidente conflito de interesse).

Este não é “mais um estudo” – é o conselho qualificado que falta.



Þ     Necessidade de Destination Branding e de Destination Brand Equity

Citamos Simon Anholt:

·          “The tourist board needs to “sell the country” to a vast international audience of ordinary consumers as well as highly informed professional cadre of tour operators and others influencers, and the background reputation of the country ultimately determines whether that “selling” process is easy or difficult, expensive or cheap, simple or complex – and whether it gets gradually easier and more efficient over time, or ever it remains forever a struggle. A country’s reputation determines whether its messages are welcomed, and whether they are believed.

[…] a destination with a powerful and positive image needs to do less work and spend less money on promoting itself to the market place, because the marketplace already believes what is telling them. It merely has to help buyers find and purchase the product.”.

Qual é a Imagem de Marca do Algarve no espírito dos turistas que nos visitam e no dos parceiros de negócio que o comercializam?



Þ  Responsabilidade do Destination Branding

Sobre o sucesso de Destination Branding e a responsabilidade que implica, continuamos a citar Anholt:

·          “But destinations with powerful brands have a different task, one that destinations with weak brands don’t have. Just like any respected corporation, a highly regarded place has a big responsibility to ensure that the reality always lives up to its reputation. Indeed, in order to protect itself against competitors, such a place must exceed expectations through constant innovation.”.

A título de mero exemplo: como se mede a satisfação e avaliam as criticas e sugestões dos turistas que visitam o Algarve? Como está o Alojamento Classificado a assumir a sua responsabilidade?



Þ     Marca Portugal e Marca Algarve: a Caixa de Chocolates

Depois, Anholt explicita a relação entre branding de Destino Nacional e de Destino Regional:

·          “When dealing with markets for tourism, investment and exports, the question of wether to represent and promote the nation as a single entity or as a series of “sub-brands” really depends on the audience familiarity with that nation”.

·           “In the end, countries like Britain need to adopt what I call a “box of chocolates” brand architecture.

The brand on the outside of the box is “Britain”, and when familiarity is low, we should market the box.

When familiarity is higher, we can open the box and introduce the individual chocolates; each one is distinctive with its own flavours and appearances, but bearing a strongly family resemblance and clear connection to each other and to the brand on the box.”

No caso de Portugal e Algarve, a notoriedade do Algarve nos mercados em causa justifica, em nossa opinião, que se abra a “caixa de chocolates” e se faça o destination branding do Algarve. Esta proposta é reforçada pela informação sobre o comportamento dos turistas, na Região.



Þ     Algarve Destination Branding e Ordinary Tourism Promotion

Há uma relação entre Algarve Destination Branding e Ordinary Tourism Promotion”:

·          “The idea of destination branding is important because it takes into account these important questions related to the capture and accumulation of reputational value. Ordinary tourism promotion, when it’s carried out with no particular long term national strategy in mind apart from growth, is an endless cycle wich may or not lead to real progress in the longer term.

Unlike brand management, it’s mainly about selling. It can be certainly effective at doing this, but unless the selling is directed and driven by an underlying brand strategy, there is little chance that the country as an whole will acquire any substantial brand equity, and so the promotional task never gets easier or cheaper, and there is little chance that a price premium will ever be justified in the eyes of the consumer.

The basic principle of destination branding is that every act of promotion, exchange or representation needs to be seen not as an end in itself but as an opportunity to build the country’s image and reputation.” (2010: 92).

O sublinhado é nosso e justifica o aconselhamento profissional proposto e a sua urgência – é via para não desperdiça recursos em Promoção Turística.



Þ     Top of Mind Awareness e Imagem de Marca

Não ignoramos o aparente pragmatismo de alguma Iniciativa Privada:

·          “O Estado que ponha Portugal no Top of Mind de quem quer viajar e “nós” (privados) fazemos o resto, com o nosso Marketing”.

Salvo o devido respeito, este pragmatismo ignora três realidades:

·          na origem do Desejo por visitar Portugal, Top of Mind Awarness é o grau mínimo da relação entre o potencial viajante e o Destino, e Brand Image vai muito mais além, ao ser uma percepção positiva no espírito do potencial viajante;

·          na Formação da Procura, o Marketing & Vendas da Oferta de Turismo é, de facto, da responsabilidade da Iniciativa Privada, mas ganha em ser facilitado por Concertação Estratégica e Parceria entre a Politica e Serviços de Turismo e Iniciativa Privada,

·          há uma relação entre Brand Image e eficiência do esforço de Marketing da Oferta, (re)citando Anholt: “unless the selling is directed and driven by an underlying brand strategy, there is little chance that the country as an whole will acquire any substantial brand equity, and so the promotional task never gets easier or cheaper”.



c)Marketing e Vendas



Þ     Acção Pragmática – Programa de Urgência Para o Algarve

No Algarve, o Governo tem de agir já. Não pode deixar arrastar o stato quo quando em 10 anos, o Algarve perde 31% de dormidas no seu mercado mais tradicional e 50% no que deveria ser o seu mercado de crescimento.

O Governo deve decidir um Programa de Urgência Para o Algarve. Referimos algumas Acções deste Programa.  

O Governo acorda as seguintes alterações na Associação de Turismo do Algarve, com continuidade assegurada pela instituição que a substitua:

·          nomeação de uma Comissão Administrativa formada por um Presidente realmente não executivo, dois privados empenhados e o Director,

·          manter o Orçamento dos Planos de Comercialização e Venda,

·          reafectar o restante Orçamento ao Marketing & Vendas, segundo o modelo profissional do Marketing Operacional,

·          começar a trabalhar já no Plano para 2013, de modo a estar pronto a 31 de Julho – se queremos lidar com grandes organizações, o timing é este.

Em tudo o que tem a ver com apoio público a rotas aéreas, a Politica e Serviços de Turismo promovem a Partilha de Informação e a Concertação com a Direcção da AHETA, AHISA, Algarvegolfe e APAVT. Eliminamos a desinformação e desconfiança, difundindo informação e criando confiança.

Integração da Marca Algarve, em toda a sua abrangência, no conselho profissional sobre Destination Branding a nível nacional e dos Destinos Regionais.



Þ     Decisão Urgente Sobre Novas Organizações Regionais de Turismo

A Oferta de Turismo do Algarve justifica duas Organizações Regionais de Turismo, capazes de eliminar graves erros do passado e criar futuro melhor.

Devem ser Organizações Livres de  Politicas Intra e Interpartidárias, criadas em base zero, com Direcções Eleitas e Não Executivas, profissionalização da Direcção Executiva, contratada e avaliada profissionalmente e com transparência, assim como todo o pessoal.

Há uma Instituição Publica ligeira, com a missão de qualificar os diferentes níveis da Oferta Pública de Turismo, o que exige forte cooperação com Municípios, CCDRA e Transversalidade do Turismo.

Há uma Instituição Privada, integrada no Sistema de Valorização da Marca e de Marketing da Oferta, liderado pelo Turismo de Portugal.

O detalhe desta proposta está disponível.



d)Decisão Politica Que Falta à Economia do Turismo do Algarve



Þ     Procura/Oferta da Economia de Turismo do Algarve

Para efeito dentro dos estreitos limites da Politica de Turismo, apenas referimos o Alojamento Turístico Classificado. Na realidade, a Oferta da Economia do Turismo do Algarve é bem mais vasta e assenta em duas grandes modalidades de Alojamento Turístico:

·          100.000 Camas de Alojamento Turístico Classificado,

·          145.000 Fogos Alojamento de Uso Sazonal (cerca de 725.000 camas), fruto do investimento de mais de 100.000 famílias nacionais e estrangeiras.

Esta Oferta dá importante contributo para um indicador nacional: dos oito mil milhões de euros da Receita Turismo na Balança de Pagamentos, pelo menos cinco são de Hóspedes fora do Alojamento Classificado.

A figura do Alojamento Local permite concertar uma política de valorização desta oferta (muita dela vivendas de luxo) e encontrar uma solução positiva para acabar com as Camas Paralelas.



Þ     A Decisão Politica Que Falta à Economia do Turismo do Algarve

A Politica e Serviços de Turismo não têm capacidade para tirar da Crise a Economia do Turismo do Algarve. Como acontece desde Salazar, as grandes decisões estratégicas na Economia do Turismo só pode ser tomadas na esfera de influência do Primeiro-Ministro. É o caso do Governo inovar ao fomentar três Novas Dinâmicas da Economia do Turismo:

·          Integração da Cadeia de Valor do Turismo Residencial,

·          Portugal, País Competitivo na Atracção de Reformados Não Residentes,

·          Diversidade e Nova Dimensão da Diáspora Portuguesa.

É o tema do próximo Algarve à Sexta.



Albufeira 23 de Março de 2012

Sérgio Palma Brito

2012.03.23.Algarve. Sexta

Receitas turísticas sobem 9,6% | Publituris

Receitas turísticas sobem 9,6% | Publituris

A Receita do Turismo da Balança de Pagamentos é o mais importante indicador da Economia do Turismo em Portugal, porque mede a sua capacidade exportadora.
Observo que pelo menos 63% desta quantia resulta de Não Residentes de visita a Portugal e não de turistas instalados no Alojamento Turístico Classificado - apesar desta evidência, a Politica de Turismo continua concentrada apenas no Alojamento Turístico Classificado.
Observo ainda a incapacidade da Iniciativa Privada vir a terreiro posicionar a Economia do Turismo como uma actividade exportadora cujas exportações cresceram 9.6% em Janeiro de 2012.
Observo, por fim, que este valor não inclui o Investimento Directo de Não Residentes em Casas de Férias nem as Transferências de Reformas e ouros rendimentos que financiam a residência em Portugal de muitos «ex Não Residentes».
Repito, a finalizar, a frase de Henrique Raposo: Boas Notícias de Portugal.

Visto da Economia: Catroga, a EDP e as rendas

Visto da Economia: Catroga, a EDP e as rendas

Aconselho a leitura deste texto. É uma das bases para entendermos as cenas a que vamos assistir.
Quanto a Catroga, fica a desagradável sensação que foi uma "compra no mercado de Janeiro". O problema é que não estamos a lidar com futebol.

Visto da Economia: Catroga, a EDP e as rendas

Visto da Economia: Catroga, a EDP e as rendas

Aconselho a leitura deste texto. É uma das bases para entendermos as cenas a que vamos assistir.
Quanto a Catroga, fica a desagradável sensação que foi uma "compra no mercado de Janeiro". O problema é que não estamos a lidar com futebol.

O Algarve às Sextas (2012.03.16)
Carta Aberta à CCDR do Algarve

Assunto: Coordenação e Desenvolvimento da Economia

Recordo a realidade da economia regional: a receita da venda de estadias turísticas diminui, as vendas da imobiliária estão paradas, as exportações de outros bens e serviços são limitadas, as transferências de recursos públicos tendem para uma decadência estrutural. Ter a maior taxa de desemprego do país e empobrecer desde 2009 resulta “disto”.

Mas, de que resulta “isto” e como se pode ultrapassar “isto”?

Não se vislumbra, na região, um surto de energia que mobilize as pessoas. Instala-se um ram ram, como se tudo estivesse bem. Parece ter-se perdido a noção de Elite Regional e perdeu-se, de certeza, muita da noção de responsabilidade social de pessoas e de instituições.

Resta a “nova” CCDRA, que adivinho perdida nos meandros dos Ministérios “de tutela”. Seja qual for a lei orgânica e quais os seus dirigentes, a CCDRA reclama-se da Coordenação e Desenvolvimento. À sua atenção, sugiro algumas acções pragmáticas, talvez inúteis em si, mas importantes pela via que sugerem.

Tenho vontade de escrever, nas suas paredes, um grande “Coordena e Desenvolve, p…!”. Dada a minha idade e juízo, optei por esta via.



Þ     Licenciar Projectos de Investimento, pendentes de decisão política ou administrativa

A CCDRA tem de fazer um grande Apelo Público aos promotores de qualquer projecto concreto, que enfrente dificuldade de licenciamento. São convidados a fazer conhecer o seu caso, de maneira simples e por email. Todos os casos são listados no site da CCDR.

Depois, os casos são analisados por uma Estrutura de Acção Temporária, criada na CCDR, em diálogo com o Promotor, de modo a que, de maneira rápida e eficiente, seja possível

·          constatar o mérito do projecto e, sobretudo, a garantia de realização,

·          avaliar a viabilidade do seu licenciamento possível e rápido,

·          excluir projectos sem garantia de realização ou impacte ambiental inquestionavelmente negativo,

·          acordar uma solução com o promotor e as Instituições Públicas envolvidas.

Os Projectos que ultrapassem esta análise inicial são objecto de constatação de acordo ou identificação clara do desacordo de Instituições Públicas competentes.

Depois, a CCDR propõe uma deliberação administrativa ou Decisão Politica, no sentido nobre da palavra, para ultrapassar os obstáculos existentes, obter o licenciamento e o início do investimento. Aqui a intervenção do Ministro Álvaro Santos Pereira é determinante – tem de conseguir impor o licenciamento, ponto final, parágrafo.

A Instituição Pública mais directamente envolvida, fica responsável pelo acompanhamento do sucesso da decisão.



Þ     Programas de Facilitação de Projectos: Conceito

Um Programa de Facilitação de Projectos

·          resulta da identificação de oportunidades para vários projectos do mesmo tipo,

·          a “oportunidade” pode ser lote de um Banco de Terras ou de Salinas – tem é de ser possível lançar vários Projectos do mesmo tipo,

·          inclui todo o conjunto de serviços (Licenciamento, Apoios Comunitários e outros), que torna fácil e atractivo investir no Algarve, sem perder anos em burocracias,

·          implica Marketing/Venda de Projectos junto dos potenciais interessados,

·          pode haver um “tronco comum” a todos os Programas (Licenciamento, Apoios Comunitários e burocracia muito low cost ou Zero), e parte específica a cada um.

Apresentamos exemplos, para ilustrar a nossa Proposta. A lista não é exaustiva e pode ter exemplos irrealistas – o importante é a ideia de Programa de Facilitação de Projectos e não aos exemplos (se bem que os que dou não me parecerem maus).

A Facilitação faz a diferença, na medida em que evita cada empresário ter de percorrer uma via sacra que demora anos e é um obstáculo ao investimento.



Þ     Programas de Facilitação de Projectos na Agricultura e Salinas

No caso da utilização de terrenos agrícolas, o Programa pode ganhar élan com a proposta do Banco de Terras que o Governo tem em curso: passa a ser o haver no Algarve uma dinâmica regional que integra o Banco de Terras, mas vai mais além, ao integrar o Banco de Terras num Programa de Facilitação.

No espaço das centenas de hectares de salinas, ainda abandonadas, deve ser possível estruturar um Programa Facilitação de Projectos que vise a sua utilização sustentável. É um caso parecido ao do Banco de Teras, com a diferença da identificação do potencial a explorar ser de muito mais fácil identificação. 

Em qualquer dos casos (Terras e Salinas) pode haver Concursos para Unidades Económicas de Produção.



Þ     Recuperação de Aldeias e Montes Abandonados

Em todo o Algarve há aldeias e montes abandonados ou quase. É muito difícil a um empreendedor individual repetir o esforço na origem de Pedralva.

É possível implementar um Programa específico para recolher casos possíveis de recuperação, reunir a informação de base sobre uma possível recuperação, e facilitar a burocracia inevitável (Registo Predial e Notariado), mas garantir “burocracia quase zero” em tudo o resto.

Toda a gente me responde com o exemplo de Pedralva. E eu respondo que já devíamos ter vinte ou trinta Pedralvas, e não obrigar cada promotor à via sacra que o de Pedralva enfrentou.

O Programa permite atrair gente boa e com novas ideias.



Þ     Desbloquear Situações Absurdas

A título de mero exemplo, damos três exemplos de situações que “não podem acontecer”.

A imprensa fala de fábrica(s) de Olhão que não pode(m) funcionar por falta de adequada ligação à rede de esgotos.

Haverá um barco do Governo Civil, que ninguém explora, e a ligação a Ilhas da Ria Formosa fica comprometida.

A operação BMW representou receitas de 15 milhões de euros em Janeiro Fevereiro de 2012. Há um ano, perdemos cena semelhante, por falta do “reasfaltamento atempado de cinco quilómetros de estrada prevista para test drives” – o asfalto terá sido posto “depois”, mas tarde demais.

Apenas mais dois exemplos, entre muitos.

Sabemos que houve 14 desistências de Projectos de Aquacultura, que a dificuldade no crédito não foi a primeira razão da desistência, e que a burocracia é impossível.

Parece (parece?) que na região acompanhou o projecto Ritz/Carlton, no Alfamar – seria um projecto no modelo Penha Longa.

Em casos como estes, a CCDR tem de ter uma capacidade de intervenção concreta e um fundo para intervir.



Þ     Actividade Profissional de Atracção de Empresas e Projectos

A proposta de uma Actividade Profissional de Atracção de Empresas e Projectos tem mais de trinta anos de atraso – se bem me lembro, data dos gloriosos tempos do Eng.º David Assoreira.

A CCDRA tem de rever com a Universidade do Algarve a disponibilidade e capacidade desta em ultrapassar a opção pelo crescimento orgânico da “Inovação Regional”. A inovação na Região não pode ignorar a Universidade, mas a Universidade, saída da sua torre de marfim e similares, não pode ignorar este processo e as exigências da sua abertura ao estrangeiro.

Depois, a CCDRA tem de iniciar contactos com a AIECEP, para obter o apoio desta, de modo a apoiar uma operação profissional de captação de pessoas, iniciativa, saber, capital e capacidade de distribuição e venda.

Ao mesmo tempo, CCDRA, UALg e sociedade Civil têm de recuperar o mais estúpido e mesquinho dos atrasos da sociedade do Algarve: o não mobilizar os residentes, temporários ou definitivos, estrangeiros ou portugueses da Diáspora. Esta gente representa um enorme capital de saber e de Neworking, mas um networking de “Know how” e não o nosso terceiro-mundista networking do “Know who”. Esta gente tem sido ignorada e exige que recuperemos o tempo perdido.

A abertura ao exterior é fundamental. Em Lisboa (e em Faro, sua equivalente regional) há, em demasia, “os conhecidos”. Fala-se em criar vinte projectos e respondem-no que o fulano de tal “já faz um” (este fulano até ignora a referência ao seu nome).

Em nossa opinião, o maior obstáculo à Diversificação da Economia Regional foi a ausência de uma Dinâmica Regional de abertura/promoção da retenção/atracção de saber, empresários e investidores em projectos concretos e inovadores.



Þ     Ainda não perceberam que vivemos uma guerra na Economia?

Nunca escrevi um texto com tanta liberdade e sem me limitar. Posso só ter escrito disparates (creio que não!), de propor vias irrealistas (idem!) e de ignorar normas do Direito e de mais não sei quantas ciências (certamente, e TEMOS de o fazer, se queremos recuperar a dignidade de vida na região, com menos desempregados e menos pobreza).

De algo tenho a certeza: procurei mostrar que é possível fazer “coisas” concretas e atrair pessoas (do Algarve, de Portugal ou do Mundo, tanto faz e o meu cosmopolitismo leva-me a pensar “de quanto mais longe vierem, melhor”, mais frescas serão as suas ideias) para criar Desemvolvimento e diminuir o Desemprego e a Pobreza.

Vivemos uma guerra na Economia (esta não chega para o que a Sociedade exige do Estado e a Dívida Externa mata-nos). Uma guerra exige atitude e comportamento diferentes dos que, na pachorrice de uma paz podre, explicam o desemprego e o empobrecimento.

CCDRA! Coordena e Desenvolve, p…!



Algarve 16 de Março de 2012

Sérgio Palma Brito

Procura dos Turistas Alemães em 2011 – Factos

Um dos poucos privilégios de que tenho saudades, na minha vida profissional, era o acesso às publicações do IPK International – World / European Travel Monitor. São instrumentos indispensáveis para o conhecimento da Procura, Oferta e Concorrência, no que me habituei a chamar a Economia do Turismo.

Constatei e constato que muita gente qualificada da Economia do Turismo nem sequer conhece esta empresa e os seus serviços. Este facto pode ajudar a compreender alguma da perda de competitividade da nossa oferta.

A IPK deixa espreitar pelo buraco da fechadura. Temos acesso a um comunicado de imprensa, distribuído no quadro da ITB:

·          Global Travel Trends 2011/12 – Healthy tourism despite prevalent crises – new record high for outbound travel set in 2011


Deste comunicado, respigo um singelo quadro:




Holiday Destinations of the Germans 2011

Rank
Destination
Share (%)
Trend
1
Austria
16
+ 2
2
Spain
15
+ 5
3
Italy
13
+ 8
4
Turkey
8
+ 9
5
France
6
+ 2
6
Holland
5
+ 4
7
Greece
4
+13
8
Croatia
3
+ 9

Fonte: German Travel Monitor 1-12/2011 – IPK International

Dois comentários

·          Portugal não figura nos oito primeiros destinos,

·          a Grécia é 7ª e com um crescimento de 13%, certamente devido à tranquilidade e paz social que o país conheceu durante o ano de 2011.

Alerto para o facto de não ter validado estes números e de, por esse facto, poder estar a induzir o leitor em erro.

Tenho a certeza que não o induzo em erro ao defender que

·          todos os profissionais têm de ter acesso a informação de mercado (market intelligence) qualificada, como é a da IPK (sem interesse pessoal),

·          a Oferta de Turismo do Algarve (aquela cujos problemas conheço menos mal), em colaboração com o Turismo de Portugal, deve preparar um Plano de Marketing, a três anos, no mercado da Alemanha – proposta que repito desde … há mais de três anos.



Albufeira 15 de Março de 2012

Sérgio Palma Brito