Ala Nascente do Terreiro do Paço inaugura dia 9 de Junho | Publituris

Ala Nascente do Terreiro do Paço inaugura dia 9 de Junho | Publituris


A notícia fala por si.

Os mais distraídos e a juventude podem não ter a consciência do significado da reutilização da Ala Nascente do Terreiro do Paço.

Vale a pena recordar realidades e factos, que situam significado desta iniciativa e o valor de quem a tornou possível.

Þ     Uma Nota Pessoal
O exilio permite o regresso. Passados anos vemos a realidade com olhos e percepção diferentes. Em 1975, visitadas cidades de meio mundo, em Lisboa vimos o que não víramos dez anos antes:

·          a luz da Cidade e o azul do Tejo, únicos no mundo que conhecia,

·          os azulejos nas fachadas de inúmeros prédios,

·          uma longa faixa, vários quilómetros, de edifícios “históricos, antigos ou velhos”, com tanta beleza e harmonia, como descalabro, desleixo e degradação,

·          nesta faixa, uma peça maior: o Terreiro do Paço/Praça do Comércio.

Vimos, também

·          sujidade nas ruas e passeios, com um trânsito caótico e já poluente,

·          um parque de estacionamento degradante, no Terreiro do Paço.

Entre as três “missões” políticas que nos fizeram regressar a Portugal, a mais perene era

·          concentrar a intervenção da ENATUR no fomento da recuperação do Património Construído degradado, pela reutilização por actividades turísticas, compatíveis com a “semântica dos edifícios” e envolvente.   

Desse tempo e dos anos que seguiram, retemos a dificuldade em mudar o stato quo, em qualquer um dos edifícios dos muitos de que nos ocupámos, então sem sucesso.

Desde então, os progressos neste campo foram enormes e vários são os exemplos de excelência.

Desta nota pessoal, sublinhamos o essencial:

·          o que se passa no Terreiro do Paço é histórico e pode marcar um verdadeiro ponto de viragem na longa história desta parte de Lisboa.

Þ     Reconhecer quem não pode ser esquecido
O mérito da iniciativa pertence ao Presidente António Costa e à sua vereação. Sem a sua visão, determinação e força, não teria sido possível confirmar a transformação do Terreiro do Paço, timidamente iniciada, há anos, com instalações da Associação de Turismo de Lisboa.

Depois, veio o Páteo da Galé.

Agora, temos a maior parte da zona nobre da Ala Nascente.

O fio condutor de todas estas transformações é Vítor Costa, o mais do que eficiente e muito discreto Director Geral da Associação de Turismo de Lisboa.

Declaramos que somos amigos de longa data, mas a amizade não impede nem tira valor ao reconhecimento do obreiro destas transformações.

Sei, de experiência vivida, quão difícil foi negociar espaços, utilizações, pequenos privilégios e grandes opções.

Dos Costas, sem o António, o Vítor nada teria feito. Mas sem o Vítor, o António não inauguraria a Ala Nascente, a que o seu nome fica, mais do que justamente, associado.

Do António, toda a gente sabe. É justo que alguns fiquem a saber do Vítor … e ele merece o reconhecimento.


A Bem da Nação

Albufeira 5 de Junho de 2012   

Sérgio Palma Brito  

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